Na noite desta quinta-feira (19), a 56ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Jutaí, no Amazonas, foi alvo da fúria de moradores da cidade, resultando na morte de Gregório Patrício da Silva, de 48 anos. O homem, que estava sob investigação por acusações de estupro assassinato de uma criança de apenas um ano, foi alvo de um motim que teve início no início da tarde, após a divulgação de sua prisão.
De acordo com um relatório da Polícia Militar do Amazonas, os moradores começaram a se concentrar em frente à delegacia por volta das 16h. Em resposta à multidão agitada, efetivos da PM, Guarda Municipal e Polícia Civil foram mobilizados para isolar a área. No entanto, a situação rapidamente escalou para um confronto. “Os populares revoltados começaram a atirar pedras, rojões, coquetéis molotovs e garrafas de vidro no efetivo presente e no DIP”, detalha o documento.
A tensão culminou na invasão da delegacia pelos manifestantes, que conseguiram capturar Gregório. O homem foi posteriormente morto e seu corpo incendiado em meio aos distúrbios. O relatório policial também menciona que durante o confronto, vários membros das forças de segurança e outros presos na delegacia ficaram feridos. Os manifestantes queimaram uma motocicleta da Guarda Municipal e danificaram uma viatura da PM.
Os primeiros esforços para conter a multidão frustraram-se, e a situação até exigiu um reforço adicional das equipes de polícia. O controle da situação só foi alcançado por volta das 20h30, quando as forças de segurança conseguiram dispersar os moradores revoltados e restabelecer a ordem na região.
A morte de Gregório Patrício da Silva destaca ainda mais a gravidade dos crimes sexuais no Brasil, além da resposta da sociedade diante de tais delitos. A Polícia Civil segue investigando os acontecimentos que levaram a esta tragédia.