O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) expressou suas críticas à operação da Polícia Federal realizada nesta terça-feira (19), que apura o suposto envolvimento de agentes militares em um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Em declarações feitas em sua conta no X (ex-Twitter), Flávio Bolsonaro afirmou que, apesar de ser "repugnante pensar em matar alguém", essa ação em si não constitui crime, segundo sua interpretação. O senador defendeu que, para caracterizar uma tentativa de homicídio, é necessário que a execução do ato seja interrompida por fatores alheios à vontade dos agentes, algo que, segundo ele, "não parece" ter ocorrido no caso investigado.
Além disso, Flávio classificou as decisões judiciais relacionadas ao caso como "sem amparo legal", considerando-as repugnantes e antidemocráticas. As declarações do parlamentar surgem após a Polícia Federal ter prendido quatro militares das Forças Especiais e um policial federal, suspeitos de elaborarem um plano para assassinar Lula e Alckmin em dezembro de 2022, após a vitória da chapa nas eleições.
Essa operação da PF gerou ampla repercussão e polarização no debate político, reacendendo discussões sobre a segurança de altos membros do governo e a atuação das forças policiais em investigações sensíveis que envolvem questões de segurança pública e a proteção de figuras públicas.