O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) passou a permitir a venda de folgas a seus conselheiros e procuradores, após a alteração de suas regras internas. Essa mudança resultou em um aumento significativo nos gastos da corte, que já soma R$ 7,1 milhões em pagamentos relacionados a esse "penduricalho", incluindo valores destinados a aposentados.
Somente neste ano, o TCE-PI desembolsou R$ 306 mil para cinco autoridades, que receberam os valores individualmente e sem a incidência do Imposto de Renda (IR). A prática gerou polêmica e chamou a atenção da sociedade, especialmente em um contexto de vigilância sobre as despesas públicas.
Entre as autoridades do tribunal, destaca-se Rejane Dias, que é uma das 16 conselheiras e esposa do ministro do Desenvolvimento, Wellington Dias. Rejane, ex-deputada federal, assumiu seu cargo no TCE-PI em janeiro de 2023.
A nova prática de venda de folgas e os elevados valores envolvidos têm suscitado debates sobre a transparência e a responsabilidade fiscal dentro das instituições públicas do estado. O TCE-PI ainda não se manifestou oficialmente sobre as críticas recebidas em relação a essas mudanças.